quarta-feira, 27 de julho de 2011

Buscando pistas da saída da Espanha de José Morales Real

JOSÉ MORALES REAL nasceu em 1908 de Alicante, região de Valência, bem próxima a Andaluzia"
Ano ??
Desembarcou no Porto de Santos?
Veio om sua mãe, Encarnacion REAL(nascida em 25/03/1886) e seu padrasto(?)
Estiveram na Hospedaria dos imigrantes?
Foram para o noroeste paulista trabalhar na roça?
Quem eraÁlvaro Real e Joaquim Real?


"São Paulo (imigrantes nas fazendas) - A maior parte dos imigrantes espanhóis se instalaram em São Paulo, onde predominaram os andaluzes (60%), seguidos pelos galegos (20%). O galegos se dirigiram principalmente para os grandes núcleos urbanos e, em sua maioria, chegaram ao Brasil por conta própria. Por outro lado, a maioria dos imigrantes, principalmente andaluzes, vieram para as fazendas de café em São Paulo. O maior fator de atração era a possibilidade de viajar de graça. Assim, quem não tinha dinheiro para ir para Argentina, Uruguai ou Cuba, vinha de graça para o Brasil. E mesmo com a proibição espanhola da emigração subsidiada para o Brasil, os espanhóis continuavam a emigrar, principalmente os andaluzes, localizados próximos a Gibraltar. O período quantitativamente mais forte de emigração foi de 1910-1914.

Em São Paulo 75% dos espanhóis se instalaram nas regiões de Araraquarense e Noroeste. Eles estavam comprometidos em trabalhar nas fazendas do interior, onde a qualidade de vida e trabalho eram degradantes. Esses imigrantes vinham para o Brasil com suas famílias, o que dificultava seu retorno à Espanha. No entanto, existem relatos de que alguns espanhóis conseguiram prosperar poupando dinheiro na sua passagem pelas fazendas. Em 1932, os italianos eram os imigrantes com maior número de propriedades em São Paulo, seguidos pelos portugueses e pelos espanhóis. Em muitos casos, a prosperidade se dava quando os imigrantes se dirigiram para novas zonas produtoras de café, áreas de incorporação tardia ao cultivo.

Existia também outro tipo de imigrante espanhol: os que chegavam com dinheiro para se estabelecerem como pequenos proprietários nos Núcleos Coloniais que o estado havia fundado. Mas a porcentagem de espanhóis nesses núcleos era pequena - 8,39% do conjunto de estrangeiros nos núcleos.

São Paulo (imigrantes nos centros urbanos) - Entre 1931 e 1933, a capital de São Paulo contava aproximadamente com 50 mil residentes espanhóis. No mercado de trabalho, os espanhóis dedicavam-se predominantemente a trabalhos manuais. Outros se dedicavam à indústria - eram tecelões, fiandeiros, sapateiros, carpinteiros e mecânicos. Muitos galegos tornaram-se proprietários de cafés, restaurantes e hotéis. No comércio, os espanhóis se destacavam em fundições, cristaleria artística, serrarias, compra e venda de cereais, frutas frescas e secas, importação de azeite, vinhos e conserva de peixe.

Em 1953, o jornal La Nación publicava uma extensa reportagem sobre as firmas espanholas no Brasil. No entanto, percebemos que a colônia espanhola na capital ainda não ocupava uma posição de peso na economia. E ainda não existia nenhuma empresa que se comparasse às de outros estrangeiros.

Com relação à organização regional da colônia, os espanhóis formaram uma série de instituições, tal como a Sociedad Española de Socorros Mutuos (que ainda existe), o Centro Gallego, a Federación Española, o Grupo Hispano Americano e o Centro Republicano. Essas associações tinham uma grande fragilidade econômica devido ao pequeno número de associados.

Nas cidades do interior de São Paulo, a população urbana concentrava-se na indústria ferroviária. Os imigrantes trabalhavam na instalação e manutenção das vias férreas e na condução dos trens, principalmente nas cidades de Campinas, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba. Em Santos, existia um importante núcleo de trabalhadores espanhóis. O censo de 1913 apontava que, dos 39.802 residentes, 8.343 eram espanhóis, em sua maioria provenientes da Galícia.

Muitos deles eram operários do cais, mais havia também condutores de veículos, comerciantes e agricultores. No cais, muitos operários espanhóis trabalhavam como estivadores e ensacadores de café. Em 1899, houve uma greve de estivadores que contou com a participação desses espanhóis. Novamente, em 1912, uma nova mobilização de trabalhadores do cais foi seguida de repressão policial e expulsão do país de vários dirigentes. Também nesse período acontecia uma greve de motoristas e carreteiros com igual conseqüência. Nesse contexto, vários espanhóis foram deportados.

No trabalho do português Everardo Dias - Histórias das lutas Sociais no Brasil – há uma descrição de um conflito de março de 1921. Dias destaca que a maioria dos trabalhadores do cais eram “portugueses, espanhóis e brasileiros de cor”.
 fonte: Imigração no Brasil

Colônias com espanhóis:



década de 1920/30
Colônias e fazendas cafeeiras,no norte velho do Paraná
espanhóis
Jacarézinho- Sto. Antonio da Platina- Wenceslau Brás



1911 - Núcleo Colonial Boa Vista
rural no Est. SP
italianos, espanhóis
Jacareí - SP

1911 - Núcleo Gavião Peixoto
rural Araraquara - SP
italianos, espanhóis
Gavião Peixoto - SP

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